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ASA-HUÍLA – ASSOCIAÇÃO DE AUTORES DA HUÍLA PENSAR FUTURO AGIR LOCAL

PENSAR FUTURO obriga a um pensamento mais profundo e amplo e por isso é necessário compreender o que realmente significa “desenvolvimento sustentado” e o que isto representa para o futuro da sociedade humana e da vida em geral.

Filosoficamente, sabe-se que “desenvolvimento sustentado” obriga a que todos os seres humanos e outros seres vivos sejam beneficiados no máximo possível ou totalmente com este desenvolvimento e com os ganhos reais que a humanidade vai alcançando na economia, na tecnologia, no ambiente, na educação, etc.

Um ser humano que desfila nas ruas depauperadas uma vila ou cidade qualquer em qualquer lugar do mundo, mais ainda na nossa terra, em seu carro ultimo modelo com vidros escuros de maneira a que as pessoas que estão fora de seu carro não o vejam mas ele vê todos os que estão no exterior, quando esse ser humano passa na “sua rua” e vê crianças com fome nas bermas, vê pedintes de mãos estendidas nas estradas da vida sem portas, vê famílias a beberem a água suja do córrego ou do rio poluído que passam, e não se sensibiliza com isso com tudo isso pensando, agindo e afirmando-se que deve ser ele o único beneficiado do sistema, isso não demonstra desenvolvimento sustentado nem a pessoa que desfruta sózinho dos benefícios dos sistemas económicos pode pensar que é feliz ou que ele está no direito desse benefício, apenas ele.

O trabalho a ser desenvolvido por cada ser humano, mesmo que o resultado deste trabalho seja lento, é a construção de uma sociedade de seres mais evoluídos aonde todos, sem excepção, possam beneficiar-se de um desenvolvimento sustentado.

Ninguém pode mudar o mundo mental dos outros, profundo e consciente, mas pode construir seu próprio mundo mental sustentável e, ao agir assim, participa na construção do seu mundo exterior pois cada ser é simplesmente parte de um ser colectivo, nada mais, mesmo que nem todos consigam percepcionar esta realidade.

Cada um de nós é parte de um ser colectivo denominado “sociedade humana”.

Pensar futuro obriga a um pensamento mais profundo, mais amplo, mais evoluído.

PENSAR GLOBAL
PENSAR GLOBAL tem sido, muitas vezes, um pensamento militarista e ditatorial que algumas ou muitas sociedades humanas têm ou seja, “pensar global” também está conectado a uma forma de pensar cujo objetivo é explorar e beneficiar-se das riquezas e das fraquezas dos outros, como conseguir um poder maior sobre elas de maneira a dominá-las e a autofavorecer-se sem importar o outro nem o futuro da sociedade.

É o mesmo que utilizar a RAZÃO DA FORÇA para subjugar os outros.

Não é utilizar a FORÇA DA RAZÃO. O PENSAR GLOBAL de certa forma é um pensar limitado, não profundo, não amplo, não busca um desenvolvimento sustentado amplo.

Muitos utilizam-se deste lema para se projectarem mas a maioria não consegue ou não quer aprofundar este tema, com medo ou com egoísmo ou com incapacidade mental.

AGIR LOCAL
Para se aprender a ler e escrever correctamente e de modo fácil, obriga a que numa sala de aula o professor utilize-se de palavras e expressões locais, da região, pois assim o jovem pode mais rapidamente compreender o sentido das palavras e do pensar e não há dúvidas quanto a isto, hoje em dia. O mesmo se passa na educação em geral, pois se no inicio dos estudos académicos forem estudados autores não locais e que escrevem ou falam de realidades não contextualizadas no espaço e no tempo, certamente os jovens terão mais dificuldades no aprendizado e uma demora maior na compreensão dessas realidades externas.

Um país como Angola que em 1975 perdeu quase todos os seus quadros administrativos humanos e até seus professores, qual deveria ter sido o melhor caminho para no mais curto espaço de tempo conseguir ultrapassar esta enorme dificuldade e preparar novos profissionais para substituir os quadros humanos administrativos e educacionais que perdeu?

Com certeza uma das soluções para reconstruir uma nova Nação o mais rápido possível e da melhor maneira deveria ter sido apoiando todos os autores locais que existiam e promover estes autores dentro das escolas locais motivando os alunos e dando-lhes modelos locais para se tornarem autores, pensadores, e desenvolverem um pensamento próprio que lhes permitisse serem bons quadros administrativos e bons professores.

Seria este o melhor caminho para preservar e desenvolver a cultura local e assim a educação fundamentada nos valores locais teria suas raízes preservadas e teria também uma base melhor sedimentada apta a aprender o mundo em geral pois fundamentava-se em seus valores locais.

Isso não foi feito a até hoje continua a não ser feito da melhor maneira e os autores locais continuam a ser diamantes escondidos nos rios da vida, engavetados, e os alunos locais continuam a não ter as melhores referências para se desenvolverem.

Em muitos países do mundo isso também acontece mas Angola pode melhorar se houver ousadia e vontade para se construir uma nova estrada educacional.

Por isso, deve haver uma maior atenção para com o AUTOR local dando a este autonomia para penetrar nas escolas locais e permitindo aos jovens alunos esse contacto e motivandoos a se desenvolverem espelhados na sua cultura local.

MESTRE
O Mestre só pode dizer que cumpriu sua missão quando o seu discípulo alcançar um patamar mental mais elevado e até superior ao do professor.

O Professor que finge um papel de “sabe tudo”, finge que sabe sempre mais do que o aluno, esse não é um Mestre mas sim um político.

O Mestre não tem receio de ser confrontado mentalmente pelo aluno e motiva o aluno a ter novos pensamentos, novas ideias à descoberta de novo pensar pois só assim a sociedade humana pode desenvolver-se, descobrir o novo.

O verdadeiro MESTRE é aquele que motiva o aluno a pensar sem palas ou peias.

Formatar mentes não é motivar nem promover autores locais, não é incentivar a um pensar próprio, a um pensar novo, diferente.

Formatar é moldar a mente do outro ser humano, é obrigar o outro a pensar o que ele quer que pense, é obrigar a outra mente a pensar quadrado, a pensar dentro de um molde compacto, fechado, limitado, não é criar, não é arte, é repetir o que já foi criado.

Educar é permitir que se possa gerar um movimento mental em cada um de modo a se tornar “nora” de si próprio.

A ASA-HUÍLA GARIMPA DIAMANTES
O trabalho da ASA-HUÍLA, ASSOCIAÇÃO DE AUTORES DA HUÍLA, é encontrar autores locais que por terem suas obras “arquivadas nas gavetas da vida”, desmotivam-se com o passar do tempo pois seus pensamentos próprios não são semeados ao vento.

Um tanque cheio de água potável parada não permite que entre mais água e é necessário que esta água, gota a gota ou em maior quantidade, sacie a sede de outros ou regue a terra sedenta alimentando as sementes plantadas, para brotarem novas árvores e novas plantas e só assim o tanque pode voltar a encher de nova água potável e caso não seja assim, a vida pode estagnar e é o que acontece muitas vezes.

O que motiva um PENSADOR local é saber que suas obras foram lidas, saciaram outras mentes, regaram sementes.

Mas este PENSADOR local caminhou e caminha “per si”, teve e tem a coragem de, sozinho, se atrever a falar, a desenhar, a esculpir, a pintar seus próprios pensamentos, em suportes digitais, papel ou tela ou outros suportes.

É de sua própria lavra esta iniciativa, este atrevimento, inspirado por um mundo interior ou exterior a si.

Não lhe foi imposto de fora pois ninguém consegue obrigar o outro ser humano a ser autor.

E todo o autor, jovem ou adulto, escritor poeta ou cronista, pintor, escultor, músico, teatrólogo, etc., quando cria a sua primeira obra, premiada ou não, nunca mais deixará de ser UM PENSADOR.

Todos os PRÉMIOS “NOBEL” um dia foram um AUTOR local, todos, e um dia foram seres desconhecidos navegando à deriva dos ventos, à bolina ou à popa, com ventos contra e ventos a favor, muitas vezes sem azimutes ou tendo o céu como oriente, querendo simplesmente experimentar um novo pensar.

Ninguém nasce inteligente. Todos os seres humanos e alguns outros seres não humanos, no geral, nascem com o potencial de inteligência, uns mais outros menos e alguns até com o potencial da genialidade mas todos os seres precisam de aprender, no dia a dia, para desenvolverem suas inteligências de forma sustentável e isto obriga a um trabalho de estudo, de paciência, de nobreza, de ousadia, de querer ser inteligente pois cada um, em princípio, pode decidir o que quer ser e qual o seu melhor caminho nesta vida, nesta missão que é o viver.

A ASA-HUÌLA é apenas uma “ONG legal” cujo foco fundamental, seu azimute, é garimpar DIAMANTES no rio local, é garimpar diamantes aparentemente considerados pedras, é motivar esses diamantes a se lapidarem e mostrarem-se como jóias raras que são pois todos os diamantes, lapidados ou não, são jóias.

Esse é o trabalho da ASA-HUÍLA. A ASA-HUÍLA não lapida diamantes, simplesmente motiva os diamantes a se lapidarem e serem jóias.

Cada autor é líder natural de si mesmo pois foi e é ele quem desenvolveu e desenvolve seu potencial de inteligência, por sua própria iniciativa.

Não são os outros que o lapidam, não é lapidado do exterior, não é comandado do exterior, ele comanda a si mesmo, ele é GENERAL DE SI. A ASA-HUÍLA é simplesmente uma Instituição legal, uma ONG, e que com o apoio de seu MECENAS ÁGUA “PRECIOSA”, procura motivar os “diamantes” que se encontram “escondidos na gaveta do rio local”, neste caso no RIO DA HUÍLA, nos rios da vida.

Valdemar F. Ribeiro, ASA-HUÍLA, ÁFRICA XXI, 2025.

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